domingo, 22 de junho de 2014

Gravidez, tristeza e depressão – o que fazer?





          Depois de um resultado positivo para gravidez, um misto de emoções toma conta da futura mamãe e da família inteira. Expectativas, alegria, medo, confusão, choro fácil... Mas tudo isso é normal, são muitos hormônios em ação que torna a vida da gestante uma “montanha russa”, com seus altos e baixos, felicidade e frustração muitas vezes. Mas afinal, como distinguir uma alteração de humor esperada de algo maior, como depressão na gestação?

          Segundo o Ministério da Saúde, a gravidez e o puerpério (período após o parto) são momentos de maior vulnerabilidade para quadros psiquiátricos, e que isto pode impactar de forma direta na gestação, como, por exemplo, com o aumento das taxas de abortamento, de prematuridade, de baixo peso ao nascer, de pré-eclâmpsias, de atraso no desenvolvimento do feto e depressão pós-parto materna. Também há possíveis implicações indiretas, como negligências nos cuidados pré e pós-natais.

         Algumas situações contribuem para o aparecimento de um estresse maior ou até levar a um quadro depressivo na gravidez, que são:

- Não aceitação da gravidez, muitas vezes fruto da falta de planejamento; 

- perda de um ente querido; 

- dificuldades escolares, de emprego e dificuldades financeiras; 

- conflito conjugal, ausência do companheiro e falta de apoio familiar ou do cônjuge. 

- gravidez de risco; 

- história prévia de abortos;

- idade materna precoce (adolescência); 

- grande número de filhos; 

- tendência a TPM (tensão pré-menstrual) mais intensa e;

- história familiar de depressão.

        É muito importante que a mulher que já tenha algum distúrbio psiquiátrico antes de engravidar planeje sua gestação, conversando com o profissional que faz seu acompanhamento sobre como manejar essa situação durante a gravidez.
         
          Existem diferenças entre o quadro de mudança de humor normal da gravidez, que se manifestam em geral com cansaço, mudanças do padrão de sono, apetite e libido. Já em um quadro depressivo a gestante já pode apresentar alterações de sono (insônia, alteração da qualidade de sono, sono não reparador ou sono constante), muita ou pouca fome, falta de energia, irritabilidade, diminuição da libido, lentidão de pensamento e física, ideias de culpa, delirantes e até suicidas.

        Muitas coisas podem ser feitas para amenizar este quadro, como:

- Praticar exercícios físicos, com orientação de um profissional da área;

- manter uma boa relação com o seu parceiro, dividindo os anseios do momento;

- se distrair com atividades que proporcionem prazer, como conversar com amigos e passear;

- não tentar dar conta de tudo sozinha, pois isso lhe deixará mais ansiosa. Procure ajuda para tarefas diárias e faça uma coisa de cada vez e;

- procure ajuda de profissionais, terapias podem ser benéficas para dar um melhor suporte nesta fase.

         O mais importante é saber quando se torna necessário procurar uma ajuda profissional. Não espere perder o controle de uma situação depressiva. Converse com seu obstetra que ele conduzirá o seu problema da melhor maneira possível, e nunca tome medicamentos por conta própria.




Nenhum comentário:

Postar um comentário