sábado, 7 de junho de 2014

Amamentação – mitos e verdades


Muito se fala sobre amamentação. Mas, afinal, quais são as dúvidas e desafios dessa prática?

“Meu leite é fraco”: Não existe leite fraco. Toda mulher produz leite que satisfaz todas as necessidades do bebê nos primeiros seis meses de vida. Muitas mulheres se preocupam com o aspecto de seu leite. Acham que, por ser transparente em algumas ocasiões, o leite é fraco e não sustenta a criança. Por isso, é importante que as mulheres saibam que a cor do leite varia ao longo de uma mamada e também com a dieta da mãe.

“Dar de mamar faz os seios ficarem flácidos”: A gestação em si já pode causar mudanças na forma e posição das mamas. O uso permanente de sutiã adequado durante o período de gestação e amamentação ajuda a prevenir estas alterações.

“A mãe que trabalha fora não pode amamentar”: Ela pode amamentar seu filho quando estiver em casa, inclusive à noite. E também retirar o leite e armazenar de forma adequada para ser oferecido ao bebê enquanto estiver fora.

“Mamilos planos ou invertidos impedem a amamentação”: Existem manobras que “ajustam” o mamilo antes das mamadas, em que possibilita a mãe amamentar normalmente.

“Amamentar causa dor e fissuras nas mamas”: As fissuras na maioria das vezes são causadas por má-técnica da amamentação (posicionamento ou pega incorretas).

Muito desses problemas relatados pelas mães vem do reflexo da insegurança materna quanto a sua capacidade de nutrir plenamente o seu filho. Essa insegurança, ainda reforçada pelo choro do bebê acaba por se interpretados como sinais de fome. A ansiedade que tal situação gera na mãe e na família pode ser transmitida à criança, que responde com mais choro. A suplementação com outros leites e alimentos muitas vezes alivia a tensão materna e essa tranquilidade é repassada ao bebê, que passa a chorar menos, vindo a reforçar a ideia de que a criança estava passando fome...

Do nascimento até os seis meses de vida do bebê que mama no peito não há necessidade de oferecer nenhum outro alimento, líquido ou complemento, pois o leite materno tem tudo o que ele precisa. Mata a fome, a sede e possui todos os nutrientes que ele precisa para crescer e desenvolver.

Dentre os benefícios que a amamentação causa no bebê podemos citar: evita mortes infantis por infecções, evita diarreia, diminui o risco de alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, reduz a chance de obesidade, efeito positivo na inteligência (melhor desenvolvimento cognitivo), melhor desenvolvimento da cavidade bucal (alinhamento correto dos dentes e melhor oclusão dentária), diminui episódios de prisão de ventre, entre outros.

Já para a mãe, há a diminuição do sangramento pós-parto, proteção contra câncer de mama e de ovário, atua como contraceptivo natural até os seis meses de vida do bebê, se não houver sangramento (menstruação); ela perde mais rápido o peso que ganhou na gravidez, faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal, e ainda promove o vínculo afetivo entre mãe e filho.

Existem ainda alguns direitos da mulher que protegem a prática da amamentação, como: licença-maternidade, direito à garantia no emprego, direito à creche e as pausas para amamentar.

Diante de todas essas evidências, só temos uma coisa a dizer para você, mãe e mulher: Amamentar só faz bem!

Para maiores esclarecimentos, procure o profissional de saúde que faz seu acompanhamento.


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