Muito se fala sobre amamentação. Mas, afinal, quais são as dúvidas e desafios dessa prática?
“Meu
leite é fraco”: Não existe leite fraco. Toda mulher
produz leite que satisfaz todas as necessidades do bebê nos primeiros seis
meses de vida. Muitas mulheres se preocupam com o aspecto de seu leite. Acham
que, por ser transparente em algumas ocasiões, o leite é fraco e não sustenta a
criança. Por isso, é importante que as mulheres saibam que a cor do leite varia
ao longo de uma mamada e também com a dieta da mãe.
“Dar
de mamar faz os seios ficarem flácidos”: A gestação em si já
pode causar mudanças na forma e posição das mamas. O uso permanente de sutiã
adequado durante o período de gestação e amamentação ajuda a prevenir estas
alterações.
“A
mãe que trabalha fora não pode amamentar”: Ela
pode amamentar seu filho quando estiver em casa, inclusive à noite. E também
retirar o leite e armazenar de forma adequada para ser oferecido ao bebê
enquanto estiver fora.
“Mamilos planos ou invertidos impedem
a amamentação”: Existem manobras que “ajustam” o
mamilo antes das mamadas, em que possibilita a mãe amamentar normalmente.
“Amamentar causa dor e fissuras nas
mamas”: As fissuras na maioria das vezes são causadas por
má-técnica da amamentação (posicionamento ou pega incorretas).
Muito
desses problemas relatados pelas mães vem do reflexo da insegurança materna
quanto a sua capacidade de nutrir plenamente o seu filho. Essa insegurança,
ainda reforçada pelo choro do bebê acaba por se interpretados como sinais de
fome. A ansiedade que tal situação gera na mãe e na família pode ser
transmitida à criança, que responde com mais choro. A suplementação com outros
leites e alimentos muitas vezes alivia a tensão materna e essa tranquilidade é
repassada ao bebê, que passa a chorar menos, vindo a reforçar a ideia de que a
criança estava passando fome...
Do
nascimento até os seis meses de vida do bebê que mama no peito não há
necessidade de oferecer nenhum outro alimento, líquido ou complemento, pois o
leite materno tem tudo o que ele precisa. Mata
a fome, a sede e possui todos os nutrientes que ele precisa para crescer e
desenvolver.
Dentre os benefícios que a amamentação causa
no bebê podemos citar: evita mortes infantis por infecções, evita diarreia, diminui
o risco de alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes,
reduz a chance de obesidade, efeito positivo na inteligência (melhor desenvolvimento
cognitivo), melhor desenvolvimento da cavidade bucal (alinhamento
correto dos dentes e melhor oclusão dentária), diminui episódios de prisão de
ventre, entre outros.
Já
para a mãe, há a diminuição do sangramento pós-parto, proteção contra câncer de mama e de ovário, atua como contraceptivo
natural até os seis meses de vida do bebê, se não houver sangramento
(menstruação); ela perde mais rápido o peso que ganhou na gravidez, faz o útero
voltar mais rápido ao tamanho normal, e ainda promove o vínculo afetivo entre
mãe e filho.
Existem
ainda alguns direitos da mulher que
protegem a prática da amamentação, como: licença-maternidade, direito à
garantia no emprego, direito à creche e as pausas para amamentar.
Diante
de todas essas evidências, só temos uma coisa a dizer para você, mãe e mulher: Amamentar só faz bem!
Para
maiores esclarecimentos, procure o profissional de saúde que faz seu
acompanhamento.
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