segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dicas e desafios da alimentação dos bebês



A chegada de um bebê na família gera uma infinidade de inseguranças: saúde, higiene, vacinas, e alimentação. A alimentação e nutrição adequadas são requisitos essenciais para o crescimento e desenvolvimento de todas as crianças, então vamos entender melhor o que se deve ou não fazer em relação à forma de oferecer alimentos à criança a partir do nascimento.

O Ministério da Saúde elaborou um Guia Alimentar que traz orientações de como proceder para prevenção e redução dos riscos e problemas detectados e à promoção de uma dieta saudável, e elaborou um conjunto de recomendações apresentadas em “Os dez passos para a alimentação saudável”:

Passo 1 - Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. 

Passo 2 - A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. 

Passo 3 - A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada. 

Passo 4 - A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança. 

Passo 5 - A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família. 

Passo 6 - Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. 

Passo 7 - Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 

Passo 8 - Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. 

Passo 9 - Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados. 

Passo 10 - Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Amamentação

Já é sabido que a amamentação é essencial para a saúde da criança. São inúmeras as vantagens da amamentação, especialmente nos primeiros meses de vida. Quanto mais a criança mamar no peito, mais protegida estará. 

Dentre os benefícios que a amamentação trás para o bebê podemos citar: evita mortes infantis por infecções, evita diarreia, diminui o risco de alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, reduz a chance de obesidade, efeito positivo na inteligência (melhor desenvolvimento cognitivo), melhor desenvolvimento da cavidade bucal (alinhamento correto dos dentes e melhor oclusão dentária), diminui episódios de prisão de ventre, entre outros.

Já para a mãe, há a diminuição do sangramento pós-parto, proteção contra câncer de mama e de ovário, ela perde mais rápido o peso que ganhou na gravidez, faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal, e ainda promove o vínculo afetivo entre mãe e filho.

Introdução alimentar

O Ministério da Saúde indica as papas amassadas no início da introdução, e em pedaços para comer com as mãos depois que a criança já estiver adaptada. É importante oferecer diferentes consistências para o bebê. 

Uma novidade é o método BLW (do inglês baby-led weaning), que consiste em deixar alimentos cortados ao alcance da criança, que se serve da maneira que quiser. Desde que se popularizou, ele vem causando polêmica. Os estudos se dividem entre os que apontamos ganhos dessa autonomia e os que dizem não haver vantagem nutricional no método.

Seja o exemplo

O seu filho vai aprender a comer ao observar a rotina da família. Por isso é importante que desde o início da introdução alimentar, ele se sente à mesa e consuma os mesmos alimentos que os pais (de preferência com as devidas adaptações de consistência). Evite o uso de TV, celulares e outros eletrônicos neste momento, para não haver distrações e comprometimento da alimentação.


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Infertilidade e o uso da Fitoterapia





Quando um casal toma a decisão de se tornarem pais, seja pela primeira vez ou já tendo filhos, por vezes os planos de aumentar a família pode demorar mais que o esperado. O medo e a ansiedade tomam conta, atrapalhando ainda mais a concepção. Nestas horas muitas pessoas recorrem a várias técnicas e tratamentos alternativos. 

O que é infertilidade?

Segundo o Ministério da Saúde, infertilidade é a dificuldade de um casal obter gravidez no período de um ano tendo relações sexuais frequentemente sem uso de nenhuma forma de anticoncepção.

As causas podem ser muitas, sendo as femininas mais comuns: Idade avançada da mulher; dificuldades na ovulação; disfunções hormonais; causas tubárias e do canal endocervical, geralmente provocada pela endometriose ou infecções pélvicas; e causas ambientais, como exposição a fatores de risco (raios X, radiações, medicamentos tóxicos); 

Já como causas masculinas as mais comuns são: Fatores genéticos; fatores hormonais; infecções; varicocele (varizes no testículo); e outros fatores ambientais de exposição, como radioterapia, quimioterapia, doenças neurológicas, diabetes, traumas testiculares, drogas e doenças sexualmente transmissíveis.

O que é fitoterapia?

A fitoterapia é a prevenção e o tratamento de doenças mediante o uso de plantas (Ferreira, 1999). Phyton, em grego, quer dizer “planta” e therapeia significa “tratar, cuidar”. Segundo a portaria 971, de 03/05/2006, do Ministério da Saúde, a fitoterapia é uma terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal.

O uso das ervas medicinais nos problemas de Infertilidade é muito antigo. Podemos encontrar na bíblia, a história de Rachel e Leah, em que Rachel tentava engravidar por muitos anos e estava cada dia mais desesperada por não conseguir. Ela se lamentava com o marido – “Dê-me um filho, do contrário eu morrerei!” (Gênesis 30:1). Até que usou mandrágoras e conseguiu engravidar. 

O problema é quando o casal acaba recorrendo à terapia sem o auxílio profissional, através de conselhos, na internet, entre outros. Apesar dos riscos, casais usam esse tipo de medicamento sem indicação profissional, em diversas preparações, como as conhecidas "garrafadas", como são chamadas as misturas de plantas, preparadas muitas vezes de forma precária, sem condições de higiene e sem respaldo científico, podendo ser extremamente perigoso.

Os remédios naturais, como os fitoterápicos, devem ser tratados com o mesmo cuidado que qualquer remédio tradicional. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fitoterápicos são “medicamentos obtidos empregando-se como princípio ativo exclusivamente derivados de drogas vegetais”. Portanto, quando usadas de modo indevido ou mal preparadas, essas substâncias podem trazer muitos prejuízos à saúde. Os medicamentos fitoterápicos precisam seguir todas as regras de produção, assim como qualquer outro medicamento, passando pelas fases de registro, de comprovação de resultados e provar que não há efeitos colaterais significativos.

Segundo a professora Fátima Nascimento*, Enfermeira Obstetra Fitoterapeuta – que mantém um canal no site YouTube de orientação às mulheres sobre saúde da mulher e materno-infantil – “é necessário que a mulher conheça o funcionamento do seu corpo e seu ciclo”, assim ela orienta em suas consultas, aliando o auto-conhecimento, avaliação geral e por fim a prescrição de fitoterápicos de acordo com a necessidade do casal.

Recomenda-se que casais, que pretendem fazer um tratamento natural para a fertilização, iniciem, antes de tomar a medicação recomendada, uma dieta alimentar saudável e melhorar o estilo de vida, como praticar atividades físicas sob supervisão profissional, para melhor funcionamento do organismo e impacto positivo da terapia.

Outro ponto fundamental é o casal investigar com o especialista a causa da infertilidade, realizar os exames necessários para se ter o diagnóstico do problema.

A Fitoterapia é uma ótima opção de tratamento complementar, mas deve ser receitada por profissionais que tenham experiência na sua utilização. O fato de serem produtos naturais não os isenta de causarem efeitos colaterais indesejados.