terça-feira, 12 de maio de 2015

A saúde da mulher moderna





Mãe, esposa, profissional, cidadã... Mulher. Os múltiplos papéis que esta mulher moderna exerce nestes últimos anos, sem dúvidas, faz parte de uma enorme conquista: a independência. Elas se preocupam com a beleza, com as finanças, com os filhos ou a falta deles – já um existe um grande movimento de adiamento da maternidade –, com o companheiro, entre outros. Muitas vezes ela toma o papel de chefe da família e, assim, adquire ainda muito mais responsabilidades. E como ela está administrando tudo isso? O “dar conta” de tudo está cada vez mais afetando, principalmente, a saúde delas. 

Cada dia mais estressadas, fadigadas pelas pressões diárias, sua saúde acaba por ficar em segundo plano e elas se esquecem de dar a devida atenção aos sinais de alerta do seu corpo. De acordo com um estudo sobre mortalidade no Brasil, publicado em 2006, mostrou que as principais causas de morte na população feminina brasileira entre 10-49 anos foram: cânceres (24,4%), doenças circulatórias (19,6%) e causas externas (15,5%). Entre as causas externas de morte encontram-se os homicídios e os acidentes de trânsito.

Desta forma, podemos perceber que a incorporação destas mulheres no mercado de trabalho, antes predominantemente ocupadas pelos homens, como o trabalho burocrático, por exemplo, fez com que hábitos como o sedentarismo, dieta inadequada, consumo de álcool e cigarro, poucas horas de sono, entre outros, somassem aos riscos exclusivos à população feminina (como os relacionados à gravidez e parto). Além disso, muitas mulheres mantém uma atividade laboral fora do lar sem, contudo, dispensar os cuidados com a família e as tarefas domésticas. Esta sobrecarga de funções acarreta um aumento do risco de agravos à saúde.

A soma de todos estes fatores também leva a um problema cada vez mais comum na vida delas: os transtornos emocionais e mentais. A pressão exercida, muitas vezes, pela mídia, impondo padrões inalcançáveis de beleza, contribui para a sobrecarga emocional. Elas tem de serem perfeitas e bem-sucedidas, e sabemos que não há como atingirmos perfeição e muito menos precisamos disso para sermos felizes.


Como me prevenir das doenças?


Tudo começa no início da vida sexual, em que se tem uma atenção especial para as doenças sexualmente transmissíveis, infecção pelo HPV, que está relacionado ao câncer de colo de útero, e o câncer de mama. Também, além de se ter atenção na saúde sexual e reprodutiva, é importante consultar um clínico geral ou cardiologista para exames de rotina complementares, como hemograma, glicemia, colesterol, triglicérides, ácido úrico e urina. Tudo vai depender da necessidade de saúde de cada pessoa, mas mesmo não se tendo nenhum problema, a rotina preventiva é fundamental.

Já na maturidade, além dos cuidados já citados, devem-se atentar as modificações no organismo causadas pelo climatério e menopausa, prevenindo-se contra o envelhecimento precoce e a osteoporose pelas mudanças hormonais, por exemplo.


Como viver de forma mais saudável?


Devem ser adotadas medidas para alívio do estresse do dia-a-dia e melhorar os cuidados com a saúde, como ter uma alimentação mais saudável e praticar atividades físicas. A atividade física, em especial, contribui para manutenção do peso saudável, prevenção de doenças e alívio do estresse, lembrando sempre que o acompanhamento do profissional competente nestas atividades é imprescindível.

Evitar hábitos nocivos é fundamental. Como já dito anteriormente, está cada vez mais comum mulheres adotarem o fumo e o etilismo, deixando-a mais vulnerável aos problemas cardiovasculares e diversos tipos de cânceres.

Assim, a prevenção de doenças, que são as principais causas de mortalidade da mulher, melhora este panorama e garante um futuro melhor e com mais saúde. Desde o colesterol e a glicemia controlados, garantindo uma prevenção cardiovascular, passando por mamografia prevenindo o câncer de mama, exame “preventivo” ou “papanicolau” prevenindo o câncer de colo de útero, até a dosagem de cálcio, vitamina D e densitometria óssea determinando os cuidados necessários à saúde óssea.

E um dos pontos mais importantes: reconheça suas limitações. Estes estereótipos criados de “supermulher”, que assume uma demanda exacerbada de compromissos, são incompatíveis com uma vida saudável. O equilíbrio é necessário sempre. Não estamos falando de abandonar sonhos e realizações, mas sim de prioridades. No momento que a sua rotina te adoece, ela precisa ser adequada em favor de sua saúde e felicidade.

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